- Tenho dor, só sinto dor quando tudo me leva a ti.Hoje os caminhos iam ter contigo, ir caminhado para a escola era como ir ter com o sofrimento, era como massuquismo. Tinha medo, receio que tudo aquilo que estava aqui dentro a tentar esconder-se, viesse ao de cima, mas partiu-se tudo a meio do caminho, e dei por mim a chorar como em birra por não querer ir para a escola. Um sorriso talvez foi aquilo que fez que todos olhassem para mim e ficassem contentes por eu estar a aguentar tudo o que se tinha passado, como eu aparetava estar. Aguentei me cerca de uns dez minutos ao lado de alguém que sabia de tudo, e vi te a chegar com um sorriso como se o dia fosse normal para ti, e sim estava a ser. Eu pareçia a mesma de sempre a olhar para o chão, a tentar não alcançar o teu olhar, mas qualquer coisa me fez levantar a cabeça e ver como reagias depois do que sucedido passado, olhaste mas abasteste a cabeça como se eu fosse alguém que temias.Magoaste me novamente. Passei á frente, e sorri por estar feliz com todos aqueles que me amavam, mas tudo aqui dentro, pareçia cada vez mais fragil. Noventa minutos depois, tu apareçeste e fizeste o mesmo que antes, mas agora com a cabeça erguida.Pergunto..porquê?! Não percebo, simplesmente não percebo como podes ser tudo aquilo que eu menos esperava que fosses. Ès tão diferente, tão distante. Mudaste tanto de uma semana para a outra, e eu novamente pergunto porquê?! Ao longo deste dia, viste mais vezes, e repetiste tudo novamente, e aparentemente sem problemas nenhuns com isso, não vês? és realmente cego? Não és só tu, que vive neste mundo, não és só tu que está nesta história! Estão envolvidos, nós e sentimentos. Não só os teus, como os meus. E tu feriste-os sem pensares nem uma, nem duas vezes. Pareço-te aos teus olhos, tão estupida quanto isso? Desculpa, mas então não consegues ver bem, porque de estupida tenho pouco, e o unico estupido aqui foste tu.Gostava tanto que crescesses, e tomasses só um bocadinho de noção daquilo que partiste e continuas a partir aqui dentro. Sinto falta do nosso nós, mas do nós que tu eras um ilusão.Não és o mesmo D', simplesmente não és. Chorei, chorei tanto. Chorei que até soluçei quando passaste por mim e mostraste ignorância, como se eu não fosse ninguém para ti. Ganhei a força de quem me amava, mas estou aqui, e choro. Choro, porque magoaste me como ninguém me magoou. E só o fizeste, porque és uma criança que não pensa nas consequências dos seus actos. È triste, mas é o que me mostras. Não te digo adeus, porque tudo isto aqui dentro ainda vai se reeconstruir para esse adeus. Mas até lá, eu fico com o medo de te ver novamente e reviver o meu dia de hoje.
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